De modo geral, o Brasil sempre se mostrou reacionário seja na política, na religião, nos costumes, ainda que aparentemente aberto aos estrangeirismos, à antropofagia cultural, às festas e novidades. Afeito a conluios, o país demonstra reforçar uma espécie de direita conservadora, moderada, de forte flerte com o militarismo, além de patriarcal, corrupta e excludente. A despeito de todos os honrosos focos de resistência ao longo de nossa história, vamos buscar responder à questão-título a partir da “lógica quaternária”, de Lacan, e das teses de “Por que a guerra?”, de Freud, do “sadismo de mando”, de Freyre, e da “identificação com o agressor”, de Ferenczi. Afinal, até onde pode chegar a perversão-polimorfa do sujeito brasileiro?
Apresentação: Marcelo Ricardo Pereira
Psicólogo, Psicanalista, Doutor em Psicologia e Educação pela USP e Pós-Doutor pela USP-Aix-Marseille e UFRJ-Catalunya. É professor de Psicologia, Psicanálise e Educação do Programa de Pós-Graduação e da Faculdade de Educação da UFMG, bolsista Pq-CNPq, PPM-Fapemig e membro do LEPSI-SP-MG e das redes: INFEIES (A. Latina), RUEPSY (Euro-latina) e Coletivo Amarrações (Brasil). Autor de diversos livros, entre os quais: A Impostura do Mestre (F.Traço), O Nome Atual do Mal-Estar Docente (F.Traço) e ¿Qué quiere un adolescente? (ed. UOC).