Estudos oriundos da Linguística, das Neurociências e de outras áreas têm demonstrado que o bebê humano nasce com inúmeras capacidades. Pesquisas distintas, com diferentes objetivos, mas que convergem em um ponto: os bebês, desde o início, são ativos, interativos e extremamente atentos. A partir dessa perspectiva, como a clínica psicanalítica do autismo pode ser afetada? A política, a estratégia e a tática, em uma leitura lacaniana, devem ser reformuladas a partir desses estudos? Essas questões vão nortear essa apresentação a fim de problematizar a clássica suposição de que no autismo há a exclusão do Outro.
Apresentação: Kelly Cristina Brandão da Silva
Psicanalista, Psicóloga, Doutora em Educação (FEUSP) e Membro das redes: GT Psicanálise e Educação da ANPEPP, ABRASME e RUEPSY. Docente do Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP e do Programa de Pós Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação (FCM/UNICAMP). Autora do livro “Educação Inclusiva: para todos ou para cada um? Alguns paradoxos (in)convenientes” (Ed. Escuta/FAPESP), finalista do Prêmio Jabuti.