O encontro visa elucidar alguns aspectos das especulações metapsicológicas e dos entendimentos de S. Ferenczi sobre o trabalho analítico. Serão ressaltados dois aspectos: a teoria ferencziana do trauma e a elasticidade da técnica psicanalítica. A rica experiência intelectual de Sandor Ferenczi viria a inspirar diversos autores de gerações seguintes, desde as correntes anglo-saxônicas (M. Klein e os autores do chamado middlegroup) até a corrente francesa, notadamente na obra de J. Lacan nos anos 1950. O intuito aqui não é explorar exaustivamente a obra de Ferenczi, mas sobretudo delinear sua notória importância na história da psicanálise.
Apresentação: Rafael Alves Lima
Psicanalista, graduado em Psicologia pela USP, mestre e doutorando em Psicologia Clínica pela USP. Membro do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (LATESFIP) e da Rede Clínica do Laboratório Jacques Lacan (IP-USP). Membro do coletivo Margens Clínicas. Autor de “Por uma historiografia foucaultiana para a psicanálise – o poder como método” (Via Lettera, 2015), organizador de “Clinicidade – a psicanálise entre gerações” (Juruá, 2015), co-organizador de “Otto Gross: por uma psicanálise revolucionária” (Annablume, 2017) e de “Biopolítica e Psicanálise: vias de encontro” (Via Lettera, 2019). É um dos editores da Lacuna – uma revista de psicanálise.