À primeira vista, Psicanálise e Filosofia são vistas como opostas: a primeira, teria como campo o individual, a segunda, o coletivo, a “res publica”; a primeira, o Inconsciente, a segunda, a Consciência. Porém, uma reflexão mais aprofundada mostra que, a despeito da diferença essencial entre elas, essa pretensa oposição é totalmente infundada: Psicanálise e Filosofia não se opõem, pelo contrário são duas faces do sentido da fala e de todas as ligações humanas. O que subjaz a elas é comum – a questão da escolha, da liberdade – e ambas as práticas operam em função do “mesmo referente” (com todas as aspas cabíveis): a “ética”, a “felicidade”(seja a ética do desejo, do gozo, para a Psicanálise, seja a do bem comum, para a Filosofia). Contudo, se Psicanálise e Filosofia não se opõem, podem ser consideradas como “avesso” uma da outra. É dessa “íntima relação de avesso” que trataremos no seminário.
Apresentação: Cláudio Pfeil
TITULAÇÃO ACADÊMICA:
1) Graduação, mestrado e doutorado em Filosofia (com ênfase em Fenomenologia), Sorbonne, Paris (bolsista CNPq)
2) Mestrado em Psicanálise na Universidade de Paris 8, Paris.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL:
1) Professor de Filosofia na UFG (Universidade Federal de Goiás), período 2 anos (programa de desenvolvimento científico regional CNPq)
2) Professor do Departamento de Filosofia da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), período 6 anos
3) CASA VIT(R)AL (Urca, Rio de Janeiro), espaço de Filosofia, Psicanálise e Política; consultório psicanalista (desde 2017)
LIVROS PUBLICADOS:
1) Diário de um analisando em Paris (2014)
2) “A moral em Sartre: uma porta para o impossível?” (in Sartre e seus contemporâneos, 2008)